Olá! Bem-vindo a mais uma edição da Internet num Telegrama, uma newsletter da Nevoazul sobre meios e mensagens. Esta é a nossa forma de partilharmos contigo aquilo que vamos descobrindo quando estamos online. Obrigada por subscreveres!
Nesta newsletter escrevemos sobre:
Aquilo que escolhemos ignorar
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Uma experiência de reflexão semanal
…e muito mais!
Um dia normal na Internet | Que língua falamos na Internet?
A língua inglesa tem dominado a Internet desde a sua criação, não só por casualidade da geografia, mas porque, como invenção da Guerra Fria, a Web nasceu nacionalizada aos Estados Unidos da América. Com a expansão e democratização da Internet, mais linguagens encontraram expressão na Web, abrindo portas a uma navegação online mais inclusiva e próxima. Mas no momento de partilharmos conteúdos, seja por sermos criativos, escritores ou empreendedores, devemos assumir a universalidade do inglês ou dar uma oportunidade à nossa própria linguagem?
Se, por um lado, a língua inglesa consegue esbater fronteiras e atingir uma audiência maior, por outro, ela excluí aqueles que não a compreendem. Quando penso em publicar em português, a minha língua nativa, começo a debater-me com conceitos de comunidade e proximidade, mas também com o receio de construir muros em redor de conversas que pouco têm de local.
Numa reportagem publicada pelo The Guardian com o nome “The Digital Language Divide”, o jornal refere como diferentes linguagens têm diferentes representações na Internet, não só em termos estatísticos, mas também comportamentais. Um dos exemplos referidos é o da utilização do Twitter. O anterior limite de 140 caracteres imposto pela plataforma dava para dizer mais em Chinês do que em Inglês, e se os coreanos usavam o Twitter para responder uns aos outros, os Alemães viam mais utilidade em partilhar links.
Neste momento, estou num impasse entre a língua inglesa e a portuguesa. Esta newsletter é bilingue, mas começo sempre por escrever em português. Já o Twitter é sempre em inglês, o meu Instagram em português e o Linkedin anda pelo meio. Repenso nesta formúla mal executada quase todas as semanas e talvez por isso este texto apele mais a uma troca de ideias do que a soluções na ponta da língua. Se te sentires confortável, partilha nos comentários se preferes escrever em inglês ou na tua língua nativa e se essa decisão muda consoante a plataforma. Obrigada!
Duas semanas em três links
Selective ignorance | Anne-Laure Le Cunff
Mentes curiosas tendem a valorizar a curiosidade para enaltecer o crescimento pessoal, mas com o excesso de conteúdos que consumimos diariamente, é difícil cultivar a concentração e aprendizagem. Neste artigo do Ness Labs, Anne-Laure Le Cunff escreve sobre como a ignorância seletiva pode dar-nos o foco que precisamos.
“Twelve years ago, the Webster’s New World Dictionary—which is the official dictionary used by the Associated Press and many leading newspapers such as the New York Times—selected “selective ignorance” as a candidate for the word of the year. (it lost to “overshare”)”
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Uma playlist para o fim-de-semana que em vez de nome tem emojis e o My Analog Journal para diversificar as músicas que ouvimos.
Nem sempre conseguimos bloquear tempo para refletir sobre os acontecimentos e aprendizagens da semana. E quando o fazemos, pode ser difícil manter a consistência. Com isto em mente, a Sara Noronha Matos, facilitadora e learning designer, decidiu criar a Weekly Reflection Experiment. Em duas sessões de vinte minutos, somos convidados a, num primeiro momento, refletir em silêncio, e depois a partilhar as experiências da semana com os outros participantes.
Há uma conversa a acontecer nos comentários. Hoje vamos falar sobre:
As línguas que usamos para comunicar na Internet
Junta-te à discussão e partilha connosco links, pensamentos, podcasts ou artigos que aches relevante sobre este tema. Queremos que esta simples caixa de comentários se transforme numa comunidade de pessoas curiosas sobre a forma como comunicamos. Também queremos ficar a conhecer quem está desse lado do ecrã :)
Até já!
Inês 🌿