Olá! Bem-vindo a mais uma edição da Internet num Telegrama, uma newsletter da Nevoazul sobre meios e mensagens. Esta é a nossa forma de partilharmos contigo aquilo que vamos descobrindo quando estamos online. Obrigada por subscreveres!
Nesta newsletter escrevemos sobre:
O conceito de diversão e a nossa dificuldade em alcançá-lo
Dez pessoas que, acidentalmente, se transformaram em memes
Como o áudio está a ganhar terreno no mundo digital
…e muito mais!
Um dia normal na Internet | Partilhar o processo
“Torna-te um documentarista daquilo que fazes”, escreveu Austin Kleon, autor do livro Show your Work. A frase fez-me lembrar um tweet que li, há algum tempo atrás, com a hashtag #buildinpublic. O autor do tweet estava a desenvolver uma plataforma dedicada à aprendizagem online, mas não estava a fazê-lo sozinho ou, melhor dizendo, não estava a fazê-lo em privado. No primeiro dia, anunciou que ia partilhar o seu progresso no Twitter, justificando que isso iria tornar o trabalho mais interessante. Ao décimo oitavo dia, mostrou que estava a trabalhar na secção de FAQs do site, desabafando sobre o aparência ainda inacabada, “it's ugly, I know, but there will be time for details.”
Ao mostrarmos o processo - o bom, o mau e o feio, estamos a sair do casulo da nossa individualidade e a praticar um exercício de humildade. Em vez de nos apresentarmos pelo resultado polido das nossas batalhas, estamos a levantar o véu aos protótipos, pensamentos, atalhos e falhas. Pelo caminho, encontramos aliados - estranhos que já fizeram uma jornada similar e partilham sem receio a sua experiência.
Num artigo publicado no Ness Labs sobre o trabalho que fazemos em público, Anne-Laure Le Cunff refere que a partilha de objectivos costuma ser amiga da motivação e explora a ligação entre a meta-cognição, o feedback e a criatividade.
“Sharing your work in public will allow you to reflect and plan your next steps. Instead of just plowing through work, sharing it with people who lack the context you have will force you to think about your approach, strategies, and progress in a deeper way“.
Ao superarmos o medo de ideias roubadas e o síndrome do impostor, podemos encontrar companhia quando mais precisamos, nas longas horas invisíveis de um projeto por terminar.
Duas semanas em três links
Num artigo escrito sob o desalento de uma pandemia mundial, a jornalista Rachel Sugar questiona um conceito em mudança: o significado de diversão.
“Online, there are lectures and performances and readings and concerts; on television, there are live sports. In real life, several different people I know have gotten haircuts. Is a haircut fun?”
Na Internet é fácil pressupor que as personagens dos GIFS e memes são uma construção digital. Desde cedo, que nos habituámos a ver certas imagens como representações de sorte, azar, preserverança ou controlo, mas raramente como pessoas. O Bad Lucky Brian é real? E o senhor sentado ao computador com sorriso contrariado? Numa série de dez episódios, o BuzzFeed dá-nos a conhecer os humanos que, acidentalmente, se transformaram em memes.
Nesta rede social, o áudio vem primeiro
A aplicação Clubhouse ainda está em modo beta, mas já começou a revolucionar o papel do áudio nas comunidades digitais. Em salas de conversação, podemos ouvir pessoas de todo o mundo discutir assuntos através do envio de ficheiros de som - quase como se assistissemos a um híbrido entre um serviço de streaming e um podcast. Apesar da aplicação já ter sido alvo de problemas, devido à falta de moderadores, a ideia que a sustenta mostra como o áudio pode estar a ganhar terreno online.
Há uma conversa a acontecer nos comentários. Hoje vamos falar sobre:
O trabalho que mostramos online
Junta-te à discussão e partilha connosco links, pensamentos, podcasts ou artigos que aches relevante sobre este tema. Queremos que esta simples caixa de comentários se transforme numa comunidade de pessoas curiosas sobre a forma como comunicamos. Também queremos ficar a conhecer quem está desse lado do ecrã :)
Até já!
Inês 🌿
Hoje vamos falar sobre: O trabalho que mostramos online
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